quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sonhando e voando

Estávamos brincando no jardim de nossa casa quando Gabriel resolveu me contar qual era a coisa de que ele mais tinha medo. Não era de monstro, de bandido ou de ficar sozinho. Seu maior medo era de não conseguir acordar. Sabe aquele momento em que estamos dormindo mas não queremos mais dormir, tentamos abrir os olhos, tentamos e tentamos e não conseguimos? Exatamente. Meu filho contou que outro dia ficou nessa situação. Tentou abrir os olhos, mas só conseguiu ficar “voando” pelo quarto, observando do alto, até eu surgir carregando uma caixinha misteriosa, que deixei cair no chão. Foi só então que acordou.

Eu mesma já tive muitos sonhos como esse. Saía passeando pela casa enquanto meu corpo permanecia na cama. Uma vez, joguei meu braço longe, pois tinha certeza que não era meu. Ainda me lembro de um sonho remoto, do tempo em que dormia no berço. Tentava esticar as pernas, mas não conseguia, por mais que girasse e girasse. Meu filho tem razão. Tentar acordar pode ser uma experiência muito difícil.

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