segunda-feira, 22 de março de 2010

Estreia em movimentos populares


E foi na Lagoa a estreia do Gabrielzinho em movimentos populares.

Ele, eu, Paulo, Pê e outras 500 pessoas aproveitaram a tarde de sábado para protestar contra o Plano Diretor que pretende autorizar a construção de prédios de mais de dois andares na Lagoa da Conceição.

Muitas crianças, música, apitos, até o pessoal da escola de samba compareceu.

Gabriel curtiu - e questionou - bastante: "O que é protesto?", "O que é plano diretor?", "O que é democracia participativa?",...

Entre os conhecidos, encontrei o jornalista Celso Martins, que fez essa foto do Gabi. O blog do Celso, com mais fotos do movimento, pode ser acessado aqui.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Do que perdemos

Às vezes tenho vontade de ficar 24 horas por dia de olho no meu filho. Entraria com ele na escola, daria o chamego de despedida, me transformaria num mosquitinho, e ficaria quietinha num canto da sala, vendo com quem ele conversa, sobre o que conversa, do que brinca, do que ri.
Como isso não é realizável – e nem bom para a saúde mental de ninguém –, tenho que me acostumar com a ideia de que grande parte da vida do Gabriel será sempre uma incógnita para mim. Pior: com o passar dos anos, essa parcela tende a aumentar cada vez mais.
Já vão longe os tempos em que eu ficava com meu bebê de dia e de noite, praticamente sem sair de casa, eu de licença maternidade e ele sem saber que existia um mundo lá fora.
Hoje ele já brinca sozinho na rua com os amigos e diz “pode ir, mãe” quando chegamos na sala de aula. Daqui a alguns anos, vai sair de noite com os amigos e eu sequer vou saber ao certo por onde ele andará.
A mim, só restará aceitar que “criamos os filhos para o mundo” ou tentar colher alguma informação extra, como fiz ontem:

- E o lanche coletivo, filho?
- Foi bom.
- Os amigos gostaram?
- Sim.
- Gostaram do sanduíche?
- Gostaram.
- E da gelatina?
- Mãe, não ta vendo que não sobrou nenhuma?! Agora chega de tanta pergunta!...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Lanchinho com pão integral

Hoje foi a vez do Gabriel fornecer o lanche coletivo para toda a turma.
O cardápio foi elaborado por uma mãe nutricionista: sanduíches de pão integral sem casca recheados com requeijão, queijo mussarela e presunto cozido, gelatina em copinhos, suco de uva e dois abacaxis picados.
Tive sorte: tem mãe que vai ter que levar, entre outros quitutes, ovos de codorna cozidos e descascados. Ou preparar sanduíches com queijo, azeite de oliva e gotinhas de shoyo. Granola e danoninho também figuram na lista.

terça-feira, 2 de março de 2010

Olha a cobra!


Estamos novamente em março, mês em que as cobras de Floripa saem da toca para pegar um solzinho.
Há poucos dias, uma amiga veio contar, apavorada, que apareceram dois filhotes de coral na escola dos seus filhos. Bem no pátio onde eles brincam!! As professoras disseram que não era para se assustar: era normal nessa época, e bastava ninguém mexer com elas. Ui!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Surdo e mudo?

Domingão, final de tarde, todas as crianças da vizinhança brincando na rua, em frente a nossa casa. Bicicletas, patinetes, carrinhos, bonecos amarrados a pára-quedas de saco de supermercado, lutas de espada, burburinho geral.
Como o entra e sai em busca de novos brinquedos era grande, deixamos a cachorra presa e o portão aberto.
E foi então que o surdo e mudo se materializou. Quando vi, já tinha ultrapassado o portão e estava quase dentro da nossa casa. Era um senhor beirando os 40 anos, levando na mão um papel onde pedia ajuda, falava das suas deficiências e oferecia doces - R$ 3 cada um.
Expliquei a ele, com gestos, que não queria. Encaminhei-o ao portão e olhei para a rua, procurando meu filho com os olhos.
Percebi então que, rapidamente, o cara havia dado meia volta e estava entrando em nossa casa. Pedi para ele sair e nada. Chamei o maridão, que por sorte estava na sala. Ele se levantou, e perguntou para o surdo e mudo quem ele pensava que era, para ir entrando assim na casa dos outros, e que fosse saindo imediatamente para não se arrepender.
Para minha surpresa, não é que o safado ouviu tudo e se mandou rapidinho?!